Governo alemão rejeita corte de benefícios para refugiados ucranianos

  • Integração mais rápida dos refugiados no mercado de trabalho através dos centros de emprego.
  • Nenhum corte no apoio estatal para refugiados ucranianos.

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O governo federal decidiu não realizar cortes no apoio estatal aos refugiados de guerra ucranianos. Recebeu apoio dos Verdes nessa decisão. O porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, declarou que não há planos para conceder aos refugiados da Ucrânia benefícios para requerentes de asilo em vez do auxílio subsistencial. Um porta-voz do Ministério Federal do Trabalho também destacou a integração mais rápida dos refugiados no mercado de trabalho graças à competência dos centros de emprego. O secretário-geral do FDP, Bijan Djir-Sarai, havia reivindicado ao jornal "Bild" que os novos refugiados de guerra da Ucrânia não deveriam mais receber pagamentos de auxílio subsistencial, mas sim enquadrar-se na Lei de Benefícios para Requerentes de Asilo. Demandas semelhantes vieram da União e da bancada do FDP no Bundestag. O Ministro do Interior de Brandenburg, Michael Stübgen (CDU), também questionou o pagamento de auxílio subsistencial aos refugiados ucranianos, qualificando-o como um obstáculo para a entrada no mercado de trabalho. O chefe dos Verdes, Omid Nouripour, discordou dessas propostas, qualificando-as como "não eficazes". Segundo ele, é importante acelerar a integração dos refugiados no mercado de trabalho por meio do chamado "Turbo do Emprego". Ressaltou que uma mudança para os benefícios aos requerentes de asilo seria contraproducente, pois essas regras dificultariam o acesso ao mercado de trabalho. Nouripour admitiu que a Alemanha tem um desempenho inferior em termos de taxa de emprego em comparação internacional, mas não atribuiu isso ao auxílio subsistencial. Desde junho de 2022, os refugiados ucranianos na Alemanha recebem segurança básica, após terem recebido apenas benefícios para requerentes de asilo nos primeiros meses da guerra. Este regulamento também é válido em outros países da UE, devido à chamada Diretiva de Afluência Massiva, que dispensa os refugiados de solicitarem asilo. Segundo o porta-voz do Ministério Federal do Interior, Maximilian Kall, a Ministra do Interior Nancy Faeser (SPD) saudou a repetida extensão desta diretiva, mas pediu uma distribuição mais justa dos refugiados na Europa. Em março de 2024, segundo a Agência de Emprego, 185 mil ucranianos estavam empregados com seguro social obrigatório, um aumento de 127 mil desde o início da guerra. Adicionalmente, 47 mil ucranianos exerciam empregos de baixa remuneração, 39 mil a mais do que antes da guerra. Muitos deles aguardam vagas em creches para seus filhos ou frequentam cursos de idiomas.
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