A General Motors, maior fabricante de automóveis dos EUA, chegou a um acordo preliminar com a UAW, o sindicato dos trabalhadores automobilísticos, segundo informantes, e poderia assim seguir o exemplo da Ford e Stellantis. Após o anúncio oficial do resultado da negociação salarial, os funcionários da GM, de acordo com duas fontes familiarizadas com o processo, informaram à Reuters que retomarão o trabalho.
Isso pode encerrar a greve de seis semanas que a UAW realizou pela primeira vez contra as três grandes montadoras de automóveis. O sindicato negociou aumentos salariais recordes e melhores condições devido à alta inflação. Um porta-voz da GM não quis comentar.
Stellantis, a controladora da Chrysler, concordou com um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos e meio. Além disso, a empresa comprometeu-se com investimentos de 19 bilhões de euros nos EUA e a criação de 5000 empregos adicionais. Stellantis também conseguiu evitar uma greve no Canadá através de um compromisso tarifário.
Para o sindicato, o acordo alcançado é um sucesso importante. Segundo especialistas, a UAW teve que fazer grandes concessões após a crise financeira de 2008 e os salários estagnaram por um longo período. O acordo ainda precisa ser aprovado pela base da UAW. O trabalho nas fábricas de montagem e nos centros de distribuição de peças de reposição foi interrompido durante a greve, afetando quase 50.000 dos cerca de 150.000 membros do sindicato nas três montadoras. Outras fábricas ou fornecedores também tiveram que interromper o trabalho devido à falta de suprimentos ou compradores.
A greve teve consequências significativas para a "Detroit Three" e seus fornecedores, custando-lhes bilhões. Com o aumento dos custos de mão-de-obra, as empresas temem ser prejudicadas na competição com a Tesla ou Toyota, que não negociam tarifas com a UAW.
Na NYSE, a ação da General Motors foi listada temporariamente apenas marginalmente 0,04% mais alta, a 27,23 dólares americanos.
