A Estratégia de Carreira para Diretores do DAX: Uma Avaliação dos Currículos de Diretores do DAX revela que existe uma estratégia que aumenta a chance de ascensão a este grupo de elite. Passos iniciais na carreira são decisivos, fatores como a área de estudos ou experiências internacionais também desempenham um papel importante.

O Handelsblatt avaliou os currículos de 231 executivos para descobrir quais fatores compõem a fórmula de sucesso para a atual geração de diretores.

Os resultados da análise mostram que a ascensão ao clube Dax não é deixada ao acaso. Em vez disso, existem certas estratégias de educação e carreira que facilitam o caminho para o topo da gestão. Essa fórmula não é apenas de interesse para aqueles que querem chegar à diretoria, mas também pode ser útil nos estágios anteriores da carreira.

Um outro conhecimento é que não existe uma fórmula universal que seja aplicável a todos os cargos de direção. Ao contrário, depende da tarefa específica quais fatores são críticos na escolha da diretoria. No entanto, a avaliação mostra claramente que existem certos padrões e semelhanças nos currículos dos diretores do Dax.

Um exemplo de uma trajetória profissional de sucesso é a de Manfred Knof. Ele saiu da área de clientes privados do Deutsche Bank para o topo da Commerzbank. Sua ascensão é incomum em vários aspectos: ele veio de fora, pulou a etapa de membro ordinário do conselho e vem de origens humildes.

Os campos de estudo também desempenham um papel importante na ascensão profissional. Se antes o Direito era visto como uma garantia de sucesso, hoje as Ciências Econômicas e, principalmente, a Informática estão em alta. Além disso, observam-se diferenças entre os gêneros: enquanto muitos membros de conselhos de administração possuem um título de doutor, para as mulheres ele é menos relevante.

A avaliação dos currículos também mostra que experiência profissional no exterior e em empresas de consultoria como McKinsey e Co. são vantajosas. Aqui também são visíveis padrões: Um em cada cinco executivos do DAX vem de uma consultoria empresarial.

Mas, no final das contas, não se pode planejar uma carreira como alto executivo até o último detalhe. Desempenho, bem como sorte e um pouco de acaso, desempenham um papel, enfatizam os especialistas. No entanto, a análise dos currículos fornece insights valiosos sobre a fórmula de ascensão para diretores do DAX.

Para enfrentar as mudanças atuais na economia, as estratégias para avanço de carreira também precisam se adaptar. Assim, é provável que no futuro, conhecimentos nas áreas de TI, digitalização e inteligência artificial se tornem cada vez mais importantes e cursos de graduação nesses campos sejam mais procurados.

Um bom exemplo disso é Thomas Saueressig, que aos apenas 38 anos é o membro mais jovem do conselho do DAX. Ele acertou em cheio ao escolher um curso duplo em Informática de Gestão e desenvolveu uma paixão por TI e negócios desde a infância.

Os caminhos de sucesso na carreira de cinco executivos do DAX de diferentes setores ilustram os fatores decisivos para a ascensão. A estratégia de carreira para executivos do DAX é complexa, mas a análise dos currículos demonstra que um planejamento educacional e profissional direcionado pode tornar o caminho para o topo do gerenciamento pelo menos mais provável. E embora não exista uma fórmula universal, o conhecimento dos fatores de sucesso nas etapas anteriores da carreira pode se revelar útil.

As Chaves Douradas, que são entregues aos Presidentes do Conselho de Administração da Commerzbank, simbolizam a entrada neste poderoso clube. Juntos, os executivos do DAX são responsáveis por um faturamento de 1,8 trilhão de euros e lideram quatro milhões de funcionários em todo o mundo.

Mas como se torna membro deste grupo de elite?

O Handelsblatt analisou os currículos dos membros do conselho e conversou com especialistas e executivos para decifrar a fórmula de sucesso para membros do conselho do DAX.

A carreira na diretoria de uma empresa Dax é um sonho de consumo para muitos executivos ambiciosos.

Mas quais são os fatores decisivos que permitem a ascensão ao mais alto escalão da gestão?

Um estudo abordou esta questão e forneceu percepções interessantes. Há alguns fatores de carreira que se revelam verdadeiros fatores de sucesso.

Um fator de carreira muito procurado é a experiência profissional como consultor empresarial. De acordo com o estudo, cerca de 20% dos executivos do DAX possuem experiência em consultorias, sendo que metade deles atuou na renomada empresa de consultoria McKinsey.

A razão para isso é óbvia: Consultores adquiriram, além de uma formação excelente, ferramentas de gestão sistemáticas, as chamadas "Práticas". Eles são experientes no trato com diretorias e possuem uma grande capacidade de se apresentar e se afirmar em diversas situações.

É igualmente conhecido que consultores frequentemente apresentam características como conformidade social ou empatia abaixo da média. No entanto, é importante ressaltar: Um estágio inicial de carreira em uma grande consultoria é um impulsionador de carreira confiável.

Um outro fator essencial de carreira é a experiência internacional – no entanto, ela deve ser corretamente utilizada. Quase um terço dos executivos do DAX possui uma graduação (adicional) no exterior, mais frequentemente um MBA em uma universidade europeia ou norte-americana.

Além disso, metade dos executivos trabalhou no exterior. Headhunters recomendam incluir uma experiência internacional na carreira cedo, mas não sem um plano claro e expectativas definidas com a gestão. Caso contrário, o suposto impulso na carreira pode rapidamente se tornar um retrocesso.

CEOs também alertam sobre os riscos de uma posição no exterior: Existe o perigo de não ser visto ou de trabalhar em um mercado que não é tão bem-sucedido quanto esperado. Portanto, é importante manter a visibilidade na sede do grupo durante a estadia no exterior e cultivar o contato com os patrocinadores.

Pode até ser vantajoso adquirir experiência em mercados difíceis.

É válido: Um período no exterior durante os estudos e/ou carreira é importante, mas deve ocorrer dentro de um plano de desenvolvimento pessoal para não ser esquecido.

Outro desenvolvimento importante nos conselhos do DAX é a ascensão das mulheres e a aceitação da diversidade. A proporção de mulheres nos conselhos de administração agora é de 23,4% - no entanto, essa mudança geralmente não ocorreu voluntariamente.

A pressão social e as exigências legais levaram a um aumento da presença feminina em conselhos administrativos. No entanto, as mulheres ainda são frequentemente confinadas a áreas de recursos humanos e persiste a preocupação de que a participação feminina possa em breve estagnar.

A volatilidade dos mercados intensifica essa tendência, pois, em tempos incertos, frequentemente se prefere a decisão por currículos semelhantes. No entanto, uma composição diversificada de equipes de liderança é especialmente vantajosa em tempos de crise. A internacionalização dos conselhos de administração também está em ascensão: quase um terço dos conselheiros agora tem uma nacionalidade diferente da alemã.

A abertura para a diversidade regional e a busca pelos melhores talentos de diferentes países estão se tornando cada vez mais importantes. No entanto, as semelhanças culturais e linguísticas também não devem ser negligenciadas. O foco principal é sempre o desejo pela carreira perfeita.

Mas não existe um único fator de sucesso para a carreira.

Diversos fatores interagem - experiência profissional como consultor empresarial, experiência internacional e abertura para a diversidade e o internacionalismo. A carreira no conselho executivo da DAX não é um beco sem saída, mas oferece constantemente novas oportunidades para líderes ambiciosos.

Em dez anos, conselhos receberão demandas muito diferentes, afirma Joe Kaeser, Presidente do Conselho de Administração da Siemens AG: "O papel do pensamento cognitivo será fortemente apoiado pela inteligência artificial e, portanto, terá menos importância do que antes."

No futuro, valores afetivos como empatia, intuição, consciência, perseverança, conformidade social, engajamento e autoeficácia serão mais procurados, continua Kaeser.

Mas o que isso significa exatamente?

Como adquirir habilidades como empatia, consciência ou conformidade? E como isso se alinha com virtudes de gestão clássicas como capacidade analítica, prontidão para decisão e assertividade?

Especialistas concordam: Quem quiser ser bem-sucedido como um executivo de topo no futuro precisa ser capaz de combinar diferentes características e aplicá-las conforme a necessidade.

Ele ou ela deve ser capaz de suportar contradições e até mesmo usá-las produtivamente.

Um exemplo disso é o equilíbrio correto entre proximidade e distância em equipes de liderança. Klaus Schweinsberg, consultor de CEOs, observa em equipes de diretoria e nas equipes que trabalham diretamente abaixo delas, frequentemente dois extremos: De um lado, há o chamado "vestiário dos meninos", onde todos são muito amigos e realizam atividades conjuntas, como esquiar.

No entanto, isso pode levar ao "Pensamento de Grupo", no qual o grupo toma decisões piores devido à forte coesão. Por outro lado, existem equipes de alta gestão compostas por jogadores individualistas que se concentram apenas em seus próprios interesses.

Uma boa liderança aspira, em vez disso, à "maturidade" em seu círculo mais próximo. Há familiaridade, mas sem camaradagem excessiva, e há espaço para discordâncias.

Para ter sucesso como membro do conselho executivo, é importante demonstrar interesse e proximidade sem confundir amizade com profissionalismo. Igualmente crucial é o equilíbrio certo entre assertividade e amabilidade.

De acordo com a professora de gestão de recursos humanos, Anastasia Hermann, em dez anos, apenas comunicadores talentosos serão encontrados nas salas de diretoria. Quem não conseguir motivar sua equipe e ganhar seu entendimento para as mudanças, terá poucas chances como diretor.

Como implementar mudanças sem alienar a equipe? Silvia Hänig, diretora da consultoria de comunicação estratégica iKOM München, aconselha conhecer sempre a prática vivida na empresa antes de tomar decisões e identificar possíveis conflitos.

Além disso, é importante ter argumentos convincentes para dissipar preocupações e definir objetivos claros antes de comunicar. Pois a comunicação não é apenas o diálogo com os stakeholders, mas começa já na preparação das decisões.

Uma habilidade importante para um executivo de sucesso é também a escuta atenta, independentemente do nível hierárquico. Segundo Joe Kaeser, o maior erro é não responder às perguntas ou não ouvir. Outro equilíbrio delicado é entre especialista e generalista.

Uma especialização, por exemplo, na área de Tecnologia, é sempre benéfica para um membro do conselho. No entanto, é também importante saber o que não se sabe e utilizar a expertise da equipe.

Além do talento para comunicação e networking, o equilíbrio certo entre disposição para a performance e autocuidado é crucial. Segundo o consultor de CEOs Klaus Schweinsberg, é importante concentrar-se nas tarefas que prometem sucessos rápidos nos primeiros cem dias como líder.

No entanto, também é importante tirar intervalos e criar espaço para coisas que são pessoalmente benéficas. Caso contrário, o risco de sobrecarga e perda de criatividade e capacidade de compreensão é iminente.

No geral, é importante ser um mestre do equilíbrio como alto executivo para ter sucesso. Trata-se de encontrar o equilíbrio certo entre diferentes características e aplicá-las conforme a situação.

Comunicação, Networking, Autocuidado e um Distanciamento Saudável da Equipe são Cruciais para uma Carreira de Sucesso como Executivo.

A subida para o alto escalão da gestão não é completamente planejável, diz o consultor de CEO Klaus Schweinsberg. No entanto, aqueles que avançam como personalidades não devem deixar de considerar a possibilidade de ir para o exterior, enfatiza o especialista em gestão. Matthias Scheiff, da Russell Reynolds, também alerta contra se agarrar a um plano de carreira inflexível, uma vez que existem muitas incertezas.

Diretora da Siemens Healthineers, Elisabeth Staudinger, é um exemplo de uma alta executiva que não chegou ao topo da empresa por meio de planejamento minucioso. Ela sempre seguiu sua intuição em decisões importantes e enfatiza que é essencial considerar cada passo da carreira como um enriquecimento pessoal, e não apenas como uma etapa intermediária no caminho para um possível objetivo.

Até mesmo o membro do conselho da SAP, Thomas Saueressig, admite que seu impressionante currículo não foi parte de um plano explícito para se tornar membro do conselho do DAX. Ele reconheceu cedo seu potencial e recebeu muita confiança de seus apoiadores desde cedo, mas a sorte também é um fator importante para chegar a tal posição.

Schweinsberg enfatiza que a experiência no exterior pode ser tanto uma oportunidade quanto um beco sem saída. No passado, muitas vezes líderes alcançavam posições de topo trabalhando próximos às sedes das empresas. No entanto, ele recomenda que, se for benéfico para o desenvolvimento pessoal e proporcionar novas habilidades, deve-se definitivamente buscar a experiência no exterior.

Scheiff alerta sobre a insistência na fórmula de ascensão, pois apesar de aumentar as chances de uma carreira executiva, apenas uma pequena percentagem de ex-consultores com formação em economia e as habilidades interpessoais corretas alcançam um conselho de administração de uma empresa. Por isso, é importante considerar cada etapa da carreira como interessante e enriquecedora pessoalmente, em vez de apenas como uma fase transitória no caminho para o objetivo desejado.

No geral, é importante planejar estrategicamente, mas também permanecer flexível e aproveitar as oportunidades para alcançar o sucesso no topo da empresa. Um planejamento meticuloso por si só muitas vezes não é suficiente, pois muitos fatores imprevisíveis podem influenciar o caminho da carreira.

No fim das contas, é importante considerar todos os passos de carreira como experiências valiosas e continuar a desenvolver-se constantemente - pois um cargo na diretoria da DAX nunca é garantido.