As principais agências de classificação S&P Global Ratings, Moody's Investors Service e Fitch Ratings rebaixaram a classificação de crédito da JetBlue Airways. Isso aconteceu logo após a companhia aérea anunciar a emissão de debêntures conversíveis no valor de 400 milhões de dólares para quitar outras dívidas.

A S&P Global Ratings rebaixou a classificação de crédito de emissor da JetBlue de “B” para “B-”. A agência citou um ambiente operacional desafiador nos próximos um a dois anos. Custos trabalhistas mais altos, limitações de infraestrutura e uma oferta excessiva de capacidade em rotas domésticas importantes, combinados com problemas nos motores, representam desafios significativos para a JetBlue. A emissão de 2,75 bilhões de dólares em dívidas garantidas pelo programa de fidelidade TrueBlue também pesa sobre o fluxo de caixa livre da empresa, segundo a S&P.

Moody’s rebaixou a Classificação Corporativa da JetBlue de "B2" para "B3" e reduziu a probabilidade de inadimplência, bem como a atual classificação da facilidade de crédito bancário garantido. A agência espera que o lucro da JetBlue continue sob pressão, principalmente devido ao aumento da concorrência e à falta de controladores de tráfego aéreo em mercados importantes na costa leste. Além disso, a JetBlue deverá registrar um fluxo de caixa livre negativo de 2,2 bilhões de dólares este ano e 1,4 bilhões de dólares em 2025, impulsionado por investimentos acumulados de 3 bilhões de dólares nos próximos dois anos.

A Fitch confirmou o rating de inadimplência de longo prazo do emissor da JetBlue em "B", mas rebaixou os ratings dos títulos de dívida garantidos existentes para "BB-" de "BB". A agência mencionou a contínua pressão sobre as margens, que deverá persistir até 2025, embora a JetBlue disponha de liquidez suficiente para cumprir suas obrigações de dívida de curto prazo.

JetBlue planeja oferecer 400 milhões de dólares em notas conversíveis com vencimento em 2029 para pagar títulos com vencimento em 2026.