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British Airways reduz voos para a China devido à queda na demanda e ao aumento dos custos

British Airways pausa sua conexão de voo para Pequim por pelo menos um ano, pois a demanda permanece baixa e os custos para evitar o espaço aéreo russo estão aumentando.

Eulerpool News 9 de ago. de 2024, 12:12

British Airways (BA) anunciou na quinta-feira que a ligação aérea entre Londres Heathrow e Pequim será suspensa a partir de 26 de outubro por pelo menos um ano. Esta medida segue passos semelhantes de companhias aéreas europeias que reduziram seus voos para a China devido à fraca demanda e aos altos custos para evitar o espaço aéreo russo.

A decisão da BA vem menos de um mês depois que a companhia aérea reduziu pela metade seus voos para Hong Kong e que a Virgin Atlantic anunciou que suspenderia completamente sua rota entre Londres e Xangai a partir de 25 de outubro. A Virgin justificou essa decisão com os “desafios e complexidades significativos” dessa rota.

As companhias aéreas europeias estão proibidas de sobrevoar o espaço aéreo russo desde a invasão total da Ucrânia em 2022, o que prolonga os voos para o Leste Asiático em horas e aumenta significativamente os custos de combustível. Assim, um voo da British Airways de Pequim para Londres na quarta-feira levou 13 horas, pois seguiu uma rota mais longa sobre a Mongólia e a Ásia Central antes de alcançar o espaço aéreo europeu. Em comparação, um voo da Air China na mesma rota levou apenas 10 horas, pois este utilizou a rota mais curta sobre a Rússia.

„Para muitas companhias aéreas europeias, essa carga adicional levou a repensar suas redes chinesas, com algumas companhias aéreas decidindo reduzir suas operações ou sair completamente do mercado“, explicou John Grant, analista-chefe da empresa de dados de aviação OAG.

Vários CEOs de companhias aéreas europeias já reclamaram que, devido aos custos adicionais para contornar o espaço aéreo russo, têm dificuldades em competir com seus concorrentes chineses. Ben Smith, CEO da Air France-KLM, descreveu a situação no ano passado como uma "vantagem injusta" para as companhias aéreas chinesas. O então CEO da Finnair, Topi Manner, declarou que apenas as rotas mais movimentadas para a China continuariam lucrativas.

A decisão de suspender alguns voos para a China ocorre também no contexto de que a demanda por voos entre a Ásia e a Europa está se recuperando mais lentamente da pandemia de Covid-19 do que o esperado. A IAG, a empresa-mãe da BA, apontou fragilidades no mercado asiático em seus resultados recentes, enquanto a Lufthansa registrou uma queda na receita da região no mês passado. A companhia aérea australiana Qantas também suspendeu em maio seu único voo para a China continental devido à fraca demanda.

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