BMW Nordamérica anunciou o recall de mais de 394.000 veículos para substituir airbags defeituosos que podem explodir ao serem ativados, informou a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) dos EUA na quarta-feira.

O recall do fabricante de automóveis alemão abrange os sedans e peruas esportivas da Série 3 dos anos de 2006 a 2012, que podem estar equipados com airbags frontais defeituosos do antigo fornecedor de autopeças Takata. A Takata esteve no centro de um dos maiores recalls na história dos Estados Unidos, pois seus airbags defeituosos foram associados a explosões fatais.

De acordo com o relatório, o propulsor no insuflador do airbag muda ao longo do tempo, o que pode levar a uma "queima excessivamente agressiva" durante a ativação. Se o insuflador estourar, fragmentos de metal podem penetrar no material da almofada do airbag e causar ferimentos ou mortes.

BMW explicou que os airbags nos veículos afetados podem ter sido instalados por um proprietário, embora não tenham sido oficialmente oferecidos ou aprovados pela BMW. Airbags falsificados continuam a entrar ilegalmente nos EUA e são frequentemente instalados como peças de reposição em veículos.

A NHTSA associou pelo menos 27 mortes e 600 ferimentos nos EUA aos infladores de airbags da Takata. A Takata declarou falência em 2017, e cerca de 67 milhões de seus airbags em vários milhões de veículos foram recolhidos.

O defeito é causado pela degradação química do material de ligação no airbag, principalmente devido à exposição prolongada ao calor e à umidade, explicou a NHTSA. Veículos em estados mais quentes, como Texas e Flórida, estão em maior risco, enquanto a degradação nessas regiões ocorre ao longo de seis a nove anos, enquanto veículos em estados mais frios podem ser afetados entre 15 e 20 anos.

A BMW está entre os 19 fabricantes de automóveis, incluindo Ford, Honda e Tesla, que disponibilizaram bilhões de dólares para os recalls em massa que duraram anos.