A Thyssenkrupp concordou em vender uma participação de 20% do seu negócio de aço para o grupo empresarial EP do bilionário tcheco Daniel Kretinsky. O montante exato não foi divulgado, mas as duas empresas estão discutindo a aquisição potencial de uma participação adicional de 30% no negócio de aço pela EP, com o objetivo de estabelecer uma joint venture gerida igualmente pelas partes.

Detalhes financeiros não foram divulgados, mas Christian Obst, analista da Baader, estima que a Thyssenkrupp poderia receber entre 350 milhões e 400 milhões de euros pela participação de 20%, supondo que não haja mais depreciações no negócio.

O acordo deve abrir um novo capítulo para o negócio de aço da Thyssenkrupp. A produção de aço do conglomerado industrial alemão tem sido um fardo para os lucros há muito tempo, e a empresa tenta se desfazer dela há anos.

A Thyssenkrupp anunciou anteriormente neste mês que irá reduzir postos de trabalho e diminuir a produção em seu negócio de aço devido a desafios do mercado. A fraca demanda, os altos custos de energia e a crescente concorrência da Ásia estão pesando nos negócios.

Produtores de aço europeus em geral sentem a pressão devido a margens baixas e demanda enfraquecida, o que os obriga a cortar empregos para reduzir custos. No ano passado, a empresa alemã Kloeckner & Co. anunciou planos de cortar 10% de seu quadro de funcionários no seu negócio de distribuição europeu, enquanto a SSAB da Suécia conseguiu recentemente adaptar práticas de trabalho para manter metade de seu efetivo finlandês.

Uma iniciativa global para cumprimento de objetivos ambientais impõe aos fabricantes de aço enormes exigências de investimento para a descarbonização de suas operações, já que os clientes demandam cada vez mais por alternativas de baixo carbono ao aço convencional.