Decisão judicial assegura continuidade dos protestos em árvore perto da fábrica da Tesla.

Em uma decisão pioneira, o Tribunal Administrativo de Potsdam declarou insustentáveis as condições impostas pela polícia, que visavam a remoção de casas nas árvores de um acampamento de protesto perto da fábrica da Tesla em Grünheide. Com isso, o acampamento de protesto contra os planos de expansão do gigante dos veículos elétricos está temporariamente salvo e os ocupantes podem continuar a se mobilizar em suas plataformas aéreas contra as consequências ambientais da ampliação da fábrica. O tribunal fundamentou sua decisão no fato de que preocupações gerais relacionadas a regulamentações de proteção à natureza e construção não justificam suficientemente a exigência de uma previsão de riscos associada ao direito de reunião. Foi destacado que a autoridade responsável pelo agrupamento não considerou adequadamente a liberdade de reunião protegida constitucionalmente. Isto deixa espaço para futuras ações de protesto, enquanto uma revisão no Tribunal Administrativo Superior de Berlim-Brandemburgo está pendente. A ação enérgica foi iniciada na semana passada por Michael Stübgen, Ministro do Interior de Brandemburgo pelo CDU, com exigências de desmonte das construções em altura das árvores e uma proibição estrita de entrada. Os ativistas resistiram e solicitaram uma medida cautelar no Tribunal Administrativo, que por sua vez decidiu provisoriamente. Cerca de 80 ativistas ambientais ocupam um trecho de floresta em meio às ambições de expansão da Tesla, com o objetivo de impedir mais desmatamentos. No final de fevereiro, eles se reuniram em Grünheide para esse fim, após uma consulta popular sobre a expansão revelar uma maioria contra o projeto. A administração local, entretanto, apresentou uma proposta de compromisso que visa a redução da área de desmatamento. A justificativa da polícia para a exigência de desmonte das casas nas árvores baseava-se na avaliação de um alto risco potencial para os próprios ativistas. No entanto, eles veem nas casinhas nas árvores um símbolo central de sua resistência. O Ministro do Interior, Stübgen, havia sugerido a possibilidade de encerramento da reunião se as condições não fossem cumpridas, mas evitou deliberadamente usar o termo despejo. Os manifestantes registraram seu acampamento como uma demonstração e, portanto, estão sob a proteção do direito de reunião, que não requer permissão especial da polícia e só pode ser restrito em certas circunstâncias.