O novo primeiro-ministro da França aposta em medidas de austeridade e aumentos de impostos.

Michel Barnier, recentemente nomeado Primeiro-Ministro da França, anunciou economias e aumentos de impostos no valor de 60 bilhões de euros para reduzir o déficit orçamentário do país. O atual déficit de 6,1% do produto interno bruto deve ser reduzido para 5%. O plano de austeridade inclui, entre outras coisas, um aumento do imposto corporativo, especialmente para os cidadãos e empresas de maior renda na França. Barnier explicou em uma entrevista à emissora de televisão France 2 que o aumento de impostos afetará principalmente empresas com um faturamento anual de mais de um bilhão de euros e indivíduos com rendimentos acima de 500.000 euros. Inicialmente, cerca de 300 empresas serão afetadas, e espera-se que esta medida dure apenas um a dois anos. Espera-se que os aumentos de impostos para os mais ricos adicionem mais dois bilhões de euros aos cofres do Estado. Na próxima semana, mais detalhes serão divulgados quando Barnier apresentar o plano orçamentário completo para 2025. Este ainda precisa ser aprovado por um Parlamento sem maioria clara. Enquanto isso, a ING expressou preocupação em relação à problemática orçamentária devido à atitude cautelosa dos investidores, que reduziram investimentos e contratações devido a incertezas políticas, resultando em receitas fiscais menores do que o esperado. Apesar das turbulências políticas durante as eleições, a França foi novamente considerada o destino de investimento mais atraente da Europa, de acordo com uma pesquisa anual da consultoria EY. Com isso, a França deixou para trás tanto o Reino Unido quanto a Alemanha. O Presidente Macron comentou que este é o resultado de anos de trabalho para melhorar o know-how e estabilizar as condições para investimentos. No recente fórum 'Choose France', foram também assegurados 15 bilhões de euros em investimentos estrangeiros, associados à criação de 10.000 novos empregos e 56 projetos. O orçamento completo dará aos investidores expectativas claras para o futuro e pode, como anunciado por Barnier, criar estabilidade para o mercado francês.