Bitcoin em queda livre: Criptomoeda cai para menos de $55.000

Com uma queda acentuada de 10%, o preço do Bitcoin caiu na segunda-feira abaixo da marca de 55.000 dólares, aumentando as preocupações crescentes com uma desaceleração do crescimento econômico e uma recessão iminente. Isso representa uma reversão significativa para um mercado que no ano passado se beneficiou predominantemente de uma tendência de alta, especialmente graças aos desenvolvimentos no setor de ações de inteligência artificial (IA). Nas últimas 24 horas, o preço do Bitcoin caiu brevemente abaixo de 50.000 dólares, mas conseguiu se recuperar para cerca de 54.000 dólares no momento da reportagem. Este movimento marca um dos preços mais baixos para a maior criptomoeda do mundo desde fevereiro. Diversos fatores estão influenciando a performance do Bitcoin: tensões contínuas no Oriente Médio, medo de decisões políticas equivocadas pelo Federal Reserve dos EUA e outras influências macroeconômicas estão abalando a confiança dos investidores. “Há sinais de que o mercado dos EUA pode estar se desacelerando. Acho que isso preocupou algumas pessoas,” explicou Shanti Kelemen, Chief Investment Officer na M&G Wealth, ao programa BBC Today Show. “O mercado japonês também está reagindo aos eventos da semana passada, já que estava fechado quando ocorreram.” Michael Brescia, CEO e cofundador da Cerus Markets, também expressou preocupação com o recente desenvolvimento. “A liquidação brutal que vimos no fim de semana no Bitcoin deve servir de aviso para aqueles que querem considerar o Bitcoin como um tesouro norte-americano,” disse Brescia, acrescentando que a principal criptomoeda provavelmente continuará a cair durante a sessão dos EUA. Em um alerta contundente ao governo dos EUA, Brescia esclareceu: “Um dia, o Bitcoin pode ser maior que o ouro, mas atualmente ele não é nem um décimo quinto do tamanho. Portanto, ainda é um longo caminho antes de sequer pensarmos em adicionar um ativo tão volátil às nossas reservas nacionais.” Ele enfatizou ainda: “Estamos entrando em uma fase questionável para os mercados de ações, que alguns especialistas já previam desde que a inflação ressurgiu e os medos de uma recessão global aumentaram. Se isso se concretizar ou não, podemos ter certeza de que, felizmente, as reservas dos EUA não estão atreladas ao Bitcoin.”