Alemanha vota – e pode ficar sujo. Faltam dez semanas para as eleições antecipadas do Bundestag, e já voam faíscas. O chanceler Olaf Scholz entra no ringue com a atitude de um boxeador, enquanto Friedrich Merz contra-ataca com golpes baixos retóricos. Bem-vindo a uma disputa política que garante manchetes.
Am Montagabend war es soweit: Scholz, recém-atingido após uma votação de confiança perdida no Bundestag, começou em uma entrevista na TV. Merz? „Fritze“ – um duelo de apelidos sarcásticos. Suas declarações? „Tünkram“ – uma palavra do norte da Alemanha para „absurdo", que provavelmente está na moda no Duden.
Mas isso foi apenas o começo.
De "Constrangedor" a "Combativo": O Fator Scholz
Enquanto Scholz tenta lutar para sair da esquina, ele enfrenta um enorme atraso nas pesquisas: o SPD está estagnado em 16%, a CDU/CSU está no topo com 32%, e até mesmo o AfD está com 18% acima dos social-democratas. E então vêm os Verdes com 13%, cuja co-líder Franziska Brantner observou secamente: "Às vezes, sua escolha de palavras surpreende.
Doch die Anhänger von Scholz scheinen von seiner Verwandlung in einen kämpferischen Straßenkämpfer begeistert zu sein. Ein Berater kommentierte die Situation lapidar: „Isso é coisa de bolha de Berlim. A base adora isso.“
Merz devolve: "Scholz é o chanceler mais embaraçoso
Merz, o adversário conservador, naturalmente não deixou os ataques sem resposta. Junto com Markus Söder, chefe da CSU e parceiro político de sparring, pintou o retrato de um chanceler que "não é um exemplo para as crianças" e age de forma "desrespeitosa". Söder foi tão longe a ponto de rotular Scholz como "o chanceler mais embaraçoso da Alemanha".
Merz aproveitou a apresentação do seu programa eleitoral para atacar ainda mais Scholz – desta vez com factos: poupanças de 100 mil milhões de euros em migração e despesas sociais, cortes de impostos e uma promessa de preços de eletricidade mais baixos. O foco? A economia enfraquecida da Alemanha, que segundo Merz está numa "das maiores crises do pós-guerra".
„Tünkram“ ou Tática?
Die Strategie por trás da nova agressividade de Scholz é incerta. Alguns especialistas veem nisso uma tentativa desesperada de dominar as manchetes. Outros consideram calculado: Scholz quer mostrar aos seus críticos que também pode contra-atacar. No entanto, ele arrisca trazer o tom de toda a campanha eleitoral para um nível que muitos alemães conhecem mais dos EUA.
Historicamente, as campanhas eleitorais na Alemanha têm sido mais sóbrias. A era de Angela Merkel nos trouxe campanhas calmas e objetivas – um estilo que foi adotado por Scholz por um longo tempo. No entanto, a nova linha do chanceler rompe com essa tradição. Sua manobra em novembro, quando demitiu o ministro das Finanças Christian Lindner do FDP, marcando assim o fim da coalizão, aparentemente marcou um ponto de virada. Desde então, parece que Scholz não tem mais medido as palavras.
O que isso significa para a Alemanha?
Merz e Scholz representam duas abordagens opostas, não apenas na política, mas também em seu estilo. Merz, muitas vezes descrito como impulsivo e irritável, tem o dom de encantar e polarizar com sua retórica. Scholz, por outro lado, tenta pontuar com uma mistura de insultos estratégicos e modéstia do norte da Alemanha.
A eleição de 23 de fevereiro promete não só ser politicamente decisiva, mas também um verdadeiro espetáculo. Quem emergir como vencedor pode depender de algo tão banal quanto um apelido. "Fritze" ou não - a luta está aberta.