Sephora, a rede de varejo de cosméticos pertencente ao grupo LVMH, enfrenta um ambiente de mercado difícil na China e anunciou que cortará cerca de 120 empregos em seus negócios no país. Isso representa menos de três por cento dos 4.000 funcionários que a empresa emprega lá. O foco dos cortes está na simplificação das estruturas na sede, para garantir a estratégia de crescimento a longo prazo da empresa na China.

Apesar dos fortes números de crescimento global, especialmente na América do Norte, Oriente Médio e Europa, a Sephora enfrenta desafios no mercado chinês há anos. A dura competição, principalmente de marcas locais e alternativas mais baratas em plataformas como Alibaba e Tmall, representa grandes desafios para a empresa. Este desenvolvimento segue relatos semelhantes de L’Oréal e Estée Lauder, que também observaram uma demanda fraca na China, especialmente para produtos de prestígio de alto preço.

Em uma declaração, a Sephora enfatizou que, apesar das condições de mercado difíceis, continuará focada em atender os clientes chineses e oferecer uma experiência de beleza prestigiada, exclusiva e inovadora. No entanto, a empresa reduziu sua presença em outros mercados asiáticos, como Taiwan e Coreia do Sul, nos últimos 18 meses.

No primeiro semestre de 2024, a Sephora ainda registrou um crescimento de vendas de oito por cento no setor de varejo seletivo, apesar das vendas estagnadas em outras áreas de negócios da LVMH, como moda e bolsas. No entanto, a recente redução de postos de trabalho mostra que mesmo uma empresa tão grande como a Sephora sente a pressão no mercado chinês, competitivo e sensível aos preços.