O projeto de criptomoeda Worldcoin, cofundado por Sam Altman, mudou seu nome para "World" e apresentou uma nova geração de seus scanners de íris chamados "Orbs". A Tools for Humanity, empresa por trás do projeto, apresentou essas novidades em um evento ao vivo em San Francisco para impulsionar a expansão global.
CEO Alex Blania justificou a mudança de nome afirmando que o antigo nome "simplesmente não funciona mais", indicando uma expansão da estratégia empresarial além do objetivo original de criptomoeda. Sam Altman, CEO da OpenAI, investe uma parte significativa de seu tempo na World, com ambas as empresas operando de forma independente. Blania não descartou a possibilidade de que a criptomoeda da World possa, um dia, ser integrada ao ChatGPT.
Mundo baseia-se na ideia de que sistemas avançados de IA podem, no futuro, tornar difícil distinguir online entre humanos e máquinas. Como solução, o projeto oferece "Serviços de Verificação Humana" com base em blockchain, para verificar a identidade das pessoas e permitir-lhes acesso aos benefícios da IA. Um objetivo central é a possível redistribuição da riqueza gerada pela IA por meio das Worldcoins.
Apesar de preocupações de governos em todo o mundo—including investigações no Quênia e em países da UE devido a questões de privacidade, segurança e financeiras—World continua sua expansão. Enquanto a investigação no Quênia foi concluída e permitiu a operação da World, algumas investigações da UE ainda estão em andamento.
Na apresentação, Altman e Blania apresentaram um roteiro de quatro etapas. Após a conclusão das duas primeiras fases—desenvolvimento do Orb e criação de uma rede distribuída de propriedade por meio de blockchain—a ênfase agora está na escalabilidade. A World anunciou o lançamento de uma nova blockchain e de um novo aplicativo para aumentar significativamente o número de usuários verificados, atualmente em 7 milhões. Para isso, mais varreduras de íris serão realizadas em todo o mundo.
A nova geração de Orbs é mais fácil de produzir em massa, tem menos componentes e funciona três vezes mais rápido. No futuro, as verificações deverão ser possíveis em cafés; além disso, foi anunciada uma parceria com o serviço de entrega latino-americano Rappi para permitir verificações domiciliares.
Além disso, a Tools for Humanity apresentou "Deep Face", uma ferramenta para combater deepfakes online e roubo de identidade usando sua tecnologia de verificação. Também foi apresentada uma versão beta do World ID Credentials, uma alternativa digital aos documentos de identidade emitidos pelo governo para uso online.
A aceitação dessas tecnologias pode, no entanto, representar um desafio. No evento, os convidados foram solicitados a confirmar sua identidade mediante a apresentação de um documento oficial, o que gerou ceticismo em alguns. A confiança em uma empresa de criptografia ao compartilhar dados pessoais de identidade continua a ser uma questão sensível para muitos.