Produção industrial dos EUA em queda: desafios para a Boeing e companhia.

A produção industrial dos Estados Unidos enfrenta desafios, pois a atividade neste setor atingiu em outubro o ponto mais baixo em 15 meses. Segundo o Institute for Supply Management (ISM), o índice de gerentes de compras (PMI) caiu no mês passado para 46,5, abaixo dos 47,2 de setembro. Com um valor inferior a 50, é indicada uma contração no setor, que representa 10,3% da economia dos EUA. Um possível motivo para esse declínio pode ser a greve dos trabalhadores na fabricante de aviões Boeing, que paralisou a produção do bestseller 737 MAX, bem como dos modelos 767 e 777. Esses conflitos trabalhistas estão resultando em uma desaceleração mais ampla da produção industrial. Outubro é agora o sétimo mês consecutivo em que o PMI se mantém abaixo do limiar de 50, embora continue acima do valor de 42,5, que o ISM considera um indicador de crescimento econômico a longo prazo. Curiosamente, o consumo de bens no terceiro trimestre aumentou no ritmo mais forte em um ano e meio, apesar dos custos de crédito mais altos. A redução da taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA pode continuar a impulsionar essa tendência. O subíndice prospectivo para novos pedidos recuperou-se ligeiramente para 47,1 em relação aos 46,1 de setembro. No entanto, devido à falta de produção, a manufatura permaneceu sob pressão, em parte devido à greve na Boeing, que também afetou os fornecedores. O índice de produção caiu para 46,2 de 49,8 anteriormente. O índice de preços, que mede os preços pagos pelos fabricantes, subiu para 54,8, o ponto mais alto desde dezembro de 2023, enquanto o índice de entregas de fornecedores caiu ligeiramente para 52,0. Uma entrega atrasada reflete-se em um valor acima de 50. A taxa de emprego na indústria mostrou tendências de recuperação leve, embora continue em um nível baixo.