Aquisição do Commerzbank pela Unicredit: Kotzbauer critica a falta de consolidação europeia

24/11/2024, 09:11

Unicredit insiste na aquisição do Commerzbank, enquanto a política alemã critica a falta de transparência e a dimensão europeia.

Eulerpool News 24 de nov. de 2024, 09:11

Uma possível aquisição do Commerzbank pelo grande banco italiano Unicredit não promoveria uma verdadeira união bancária europeia, segundo Michael Kotzbauer, vice-CEO do Commerzbank. Em vez disso, trata-se de uma "consolidação puramente doméstica", disse Kotzbauer no Congresso Bancário Europeu em Frankfurt. A falta de integração em nível europeu impede as economias de escala que tal transação poderia gerar.

Unicredit, já participando com 21 por cento na Commerzbank por meio de instrumentos financeiros, continua a promover ativamente uma aquisição. O CEO Andrea Orcel vê vantagens estratégicas, especialmente devido à presença existente da filial Hypovereinsbank da Unicredit na Alemanha. No entanto, Kotzbauer destacou a força da própria estratégia do Commerzbank e o sucesso anterior na criação de valor para os stakeholders.

As tentativas planejadas de aquisição encontram resistência da política alemã. O Ministro das Finanças, Jörg Kukies, criticou duramente a atitude intransparente do banco italiano. "Nenhum país permitiria tal comportamento na aquisição de um banco sistêmico", declarou, referindo-se à abordagem hostil e à falta de comunicação por parte do Unicredit. Ao mesmo tempo, Kukies defendeu a abertura da Alemanha a investimentos estrangeiros no setor bancário e rejeitou as alegações de que esses seriam indesejados.

A incerteza sobre uma possível aquisição pressionou as ações do Commerzbank, que caíram 1,54 por cento no comércio XETRA, para 15,35 euros. Os analistas veem a discussão política e econômica sobre o futuro do Commerzbank como o principal desafio para o setor bancário alemão.

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