Exportações de gás em foco: Europa disputa entregas de gás natural liquefeito

No meio das tensões energéticas globais, a luta da Europa por gás natural liquefeito (GNL) vem à tona. A dependência da União Europeia das entregas de gás russo mudou drasticamente desde o conflito na Ucrânia. Enquanto as reservas de gás da região atualmente são suficientes para passar o inverno, estoques exauridos ameaçam criar dificuldades novamente para o próximo período de aquecimento. Analistas de energia apontam que a Europa precisa importar até dez milhões de toneladas adicionais de GNL por ano para compensar a perda das entregas de gás russas. Isso leva a uma competição com os mercados asiáticos, que tradicionalmente estão entre os maiores consumidores de energia do mundo. Os mercados em crescimento da América do Sul, assim como países como Índia, Bangladesh e Egito, poderiam sentir os impactos negativos das mudanças de preços. Outro desafio surge com os recentes desdobramentos nos EUA, o maior fornecedor de GNL do mundo. Apesar do aumento planejado na produção, análises preveem atrasos nas instalações no Texas. A Rússia também está sob observação, já que sanções ocidentais dificultaram a expansão de seus projetos de GNL. Em países asiáticos, como China e Índia, o alto custo está levando à mudança para fontes de energia alternativas, enquanto o Egito ajusta sua estratégia de importação. A esperança de alívio reside no futuro: a partir de 2026, capacidades ampliadas de GNL poderiam aliviar os mercados de energia globalmente e reduzir os preços.