Biden pressiona por solução justa na disputa portuária

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu à aliança dos empregadores portuários que apresentem uma proposta justa aos trabalhadores portuários em greve. A Casa Branca está se empenhando arduamente para limitar as consequências econômicas e políticas do conflito trabalhista nos portos dos EUA. "As negociações coletivas são a melhor forma de os trabalhadores obterem o pagamento e os benefícios que merecem", disse o presidente Biden em um comunicado. "A remuneração dos executivos aumentou em linha com os lucros, e os ganhos foram devolvidos aos acionistas em valores recordes. É justo que os trabalhadores que mantiveram os portos abertos durante a pandemia recebam um aumento significativo em seus salários." O conflito trabalhista entre os cerca de 45.000 trabalhadores portuários e os operadores portuários colocou Biden e a vice-presidente Kamala Harris em uma situação difícil. Uma greve prolongada poderia afetar seriamente a economia dos EUA, causando escassez, demissões e preços ao consumidor ainda mais altos – e isso ocorre poucas semanas antes da eleição presidencial. A greve começou após meses de negociações que não levaram a um acordo. Os trabalhadores exigiam aumentos salariais que iam além do que a representação dos operadores havia oferecido. O presidente Biden declarou que não aplicará uma lei trabalhista federal para obrigar os trabalhadores a retornarem aos seus postos de trabalho, apesar da pressão dos republicanos para evitar possíveis danos econômicos. A aplicação da lei de 80 anos conhecida como Taft-Hartley Act poderia irritar os sindicatos e colocar em risco o importante apoio entre os grupos de trabalhadores em estados eleitorais cruciais como Pensilvânia, Wisconsin e Michigan – e isso pouco antes da eleição presidencial.